19 maio 2008

Veneno



Seus beijos são veneno
que penetrou nas minhas veias
nunca mais saiu
Sinto-o circular pelo meu corpo,
me queima, não dá paz
Depois disso não sei mais quem eu sou,
quais são meus princípios, meus valores...
Só há o fogo do seu veneno me consumindo.
Às vezes brota um pouquinho
dele pelos meu olhos,
outras vezes ele vira palavras,
em outras recende pelos meu poros.
O que eu faço se o único antídoto
para acalmar os efeitos do veneno
é o próprio veneno?
E isso eu não tenho!
Não vende na farmácia perto de casa,
nem encontro entre as minhas plantas.
Talvez a cura venha assim, em doses homeopáticas,
mês a mês...
Se não for cura, pode ser destruição,
já não consigo diferenciar uma da outra!
Caminho no limite entre as duas opções.
Seria tão bom se houvesse sincronicidade neste mundo!