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As pessoas têm costume de falar que crianças não gostam de frutas , verduras ou legumes. Será que elas não gostam mesmo ou não são estimuladas a gostarem?
Somos seres de hábitos por isso não nascemos gostando de chuchu, abobrinha ou de escovar os dentes. Tudo isso se aprende no dia-a-dia, no convívio familiar.
Moro em uma cidade pequena que tem um dia muito especial, 5a. feira. O que faz com minha filha já levante da cama gritando: "- Mãe, hoje é dia de feira!" E em seguida reza logo um rosário de encomendas: caqui, brócolis, milho-verde, quiabo... Gosto de ver como ela sente prazer nos alimentos, como tem suas próprias vontades.
Admito: sou uma mãe de sorte! Ou será que minha filha é que é uma criança de sorte que nasceu em uma casa que acredita que educação é muito mais que aprender a ler, escrever e respeitar os mais velhos?
Quando ainda era bebê, que mal andava, já sabia colher pitangas na árvore e gostava de engatinhar atrás das galinhas na casa da minha mãe. Esta, por sua vez, vazia questão de deixar cada fruta em seu pé para que a neta fosse pessoalmente colhê-las, desse modo conhecesse a planta, suas folhas e aromas originais. Meu pai, por sua vez, a carregava para o rancho e ensinava como pegar as minhocas na terra e colocá-las no anzol, assim como pegar o peixe com carinho e prepará-lo.
Brincar com barro, rolar na areia, colher verdura nem que seja na floreira de casa, identificar as plantas pelo cheiro, ouvir música clássica, samba, sertaneja, comer ostras, chupar limão, ler poesia, história em quadrinhos, tudo isso põe a criança em contato com o mundo, ou pelo menos uma amostra dele.
É importante desvelar diante dos nossos filhos a maior gama de possibilidades de que o mundo é feito, só desse modo somos capazes de desenvolver suas potencialidades, além de mostrar que a vida, por si só, é muito saborosa e interessante, sem subterfúgio algum.
Educar é dar um passo além. É abrir-se para o mundo, dialogar com ele, e só nessa interação, crescer. Esse é o método dialético.
A educação é infinitamente abrangente, não é complicada, de forma alguma, mas é coisa para curioso, para quem tem fome de mundo.