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Se há uma coisa que adoro é o som da voz humana. Por isso acredito que serei eternamente aluna. Me encantam assistir aulas, ouvir pregações, contação de histórias... Onde quer que haja uma pessoa falando, se estiver por perto vou parar para ouvi-la.
Só uma coisa supera esse meu gosto pela palavra: é o gosto pelo silêncio!
Desde criança, para mim, a hora mais esperada do dia é aquela em que todos de casa dormem. Amo a atmosfera de paz e recolhimento na qual a casa se transforma. É como se as próprias paredes se tornassem mais relaxadas, invisíveis.
Neste ambiente pode-se ouvir com precisão a respiração, os batimentos cardíacos e até o funcionamento dos órgãos mais internos. Sempre tive facilidade para fazer essa viagem insólita dentro de mim mesma, desse modo posso acompanhar meus rins trabalhando, meu coração e o sangue correndo.
Essa sensação de consciência total vai se estendendo, podemos ouvir o ranger das madeiras como ossos velhos que se dobram, o som de insetos para lá e pra cá em plena atividade, ao longe os cachorros e os galos, tudo com tanta intensidade que se prestar mais um pouquinho de atenção dá para ouvir o barulho do novo dia chegando, os sonhos e os pensamentos mais secretos de cada pessoa que dorme.
Então percebemos que esse silêncio não é tão silencioso assim, pelo contrário, é até bem movimentado. Mas de um movimento diferente do dia a dia. No qual é necessário que um durma para que o outro acorde.
O silêncio é acolhedor, é mágico, trás de volta quem somos, nos desperta do piloto-automático. Chego a pensar que ele forma uma dimensão espacial em torno de si, um mundo paralelo. Uma catedral de cura e paz.
Sentir o silêncio em sua plenitude é como transpor um portal para outros mundos nos quais todas as vozes, de todos os tempos, estão presentes, mas não se confundem, nem atrapalham.
Talvez por isso ele seja tão assustador para muitos. Mas não há o que temer, os mesmos fantasmas que encontramos lá, podem estar aqui, bem pertinho, dentro de cada um de nós.
Nesta dimensão desconheço o cansaço, assim como não há a noção de tempo.
O silêncio é o plano intermediário entre o nosso plano e o além.
Só uma coisa supera esse meu gosto pela palavra: é o gosto pelo silêncio!
Desde criança, para mim, a hora mais esperada do dia é aquela em que todos de casa dormem. Amo a atmosfera de paz e recolhimento na qual a casa se transforma. É como se as próprias paredes se tornassem mais relaxadas, invisíveis.
Neste ambiente pode-se ouvir com precisão a respiração, os batimentos cardíacos e até o funcionamento dos órgãos mais internos. Sempre tive facilidade para fazer essa viagem insólita dentro de mim mesma, desse modo posso acompanhar meus rins trabalhando, meu coração e o sangue correndo.
Essa sensação de consciência total vai se estendendo, podemos ouvir o ranger das madeiras como ossos velhos que se dobram, o som de insetos para lá e pra cá em plena atividade, ao longe os cachorros e os galos, tudo com tanta intensidade que se prestar mais um pouquinho de atenção dá para ouvir o barulho do novo dia chegando, os sonhos e os pensamentos mais secretos de cada pessoa que dorme.
Então percebemos que esse silêncio não é tão silencioso assim, pelo contrário, é até bem movimentado. Mas de um movimento diferente do dia a dia. No qual é necessário que um durma para que o outro acorde.
O silêncio é acolhedor, é mágico, trás de volta quem somos, nos desperta do piloto-automático. Chego a pensar que ele forma uma dimensão espacial em torno de si, um mundo paralelo. Uma catedral de cura e paz.
Sentir o silêncio em sua plenitude é como transpor um portal para outros mundos nos quais todas as vozes, de todos os tempos, estão presentes, mas não se confundem, nem atrapalham.
Talvez por isso ele seja tão assustador para muitos. Mas não há o que temer, os mesmos fantasmas que encontramos lá, podem estar aqui, bem pertinho, dentro de cada um de nós.
Nesta dimensão desconheço o cansaço, assim como não há a noção de tempo.
O silêncio é o plano intermediário entre o nosso plano e o além.
Confesso: é o meu local preferido!