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Sábado passado fui a uma reunião de pais e professores na escola da minha filha. Ela está na sétima série, há duas salas, a A e a B, juntas elas contam com 33 alunos, só que desse total apenas 4 pais estavam presentes.
Suspeito que há algo de errado nisso. Tudo bem, sábado, 9:00 da manhã, as aulas mal começaram, os pais devem ter pensado, além do que meu filho nem está com problemas de nota a ponto de perder o ano, por que ir à reunião?
Acredito que tal encontro não foi marcado à toa, não foi apenas para que os pais se reencontrassem e exercitassem a sociabilidade. Se encontrar para desfrutar do não fazer nada a gente faz com os amigos e não com desconhecidos. Enfim, se foi marcada a tal reunião era porque tinha-se o que dizer, portanto, o que se ouvir. E a reunião foi muito boa, foi falado, entre outras coisas, sobre o cuidado com o excesso no uso da Internet e sobre a questão fundamental nesta idade: hormônios a mil por hora. Todos sabemos dessas coisas, sem dúvida, até ai não há novidade alguma, mas os assuntos foram explicados por profissionais, por pessoas preparadas para estarem ali, não era um bate-papo irresponsável baseado em achismos do que se ouviu falar ali na esquina.
Porém, muito mais importante do que o conteúdo da reunião é o fato de se estar ou não presente na vida escolar do próprio filho. Dei essa volta toda para dizer que me toca o descaso dos pais pelos seus filhos. Sinto muito não há outro nome. Sempre reparei isto: filhos de pais que vão às reuniões são mais responsáveis, podem não ser os melhores alunos, mas se esforçam mais. Inconscientemente eles pensam: alguém se preocupa comigo, alguém está me observando, sou visto, sou, portanto, importante!
E a mensagem do pai que não vai a reunião é a seguinte: ficar dormindo é mais importante do que meu filho, ir ao salão fazer a unha, jogar bola, lavar o carro, ou qualquer outra coisa que esse pai tenha ficado fazendo, passa a ser mais importante que o filho em si. Nossos atos falam mais por nós que as nossas palavras e, crianças e jovens aprendem muito mais pelo exemplo que por discursos intermináveis.