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Há situações que nos apavoram, nos dão muito medo. Uma delas é a velhice, não apenas a nossa, mas também a dos nossos pais. No susto de ter que pensar nisso, melhor deixar pra lá, pra quando chegar a hora.
Como bons brasileiros que somos deixaremos esse assunto sério para o último minuto , na esperança de que daremos um 'jeitinho'. Infelizmente, nestes casos não estamos lidando com documentos ou objetos, mas sim com vidas. Com as nossas próprias e daquelas vidas tão preciosas para nós, a dos pais.
Por isso é inacreditável como não nos preparamos, não nos programamos para um fato tão certo quanto a morte: todos nós, sem exceção, se não morrermos antes, ficaremos velhos!
O primeiro ponto desprezado é a questão da previdência. Temos que nos questionar francamente se conseguiremos viver tranquilamente, ou pelo menos, dignamente, com a aposentadoria do governo. Se a resposta for sim, ótimo! Você é um exemplo na arte do despojamento, além de fazer milagres. Se não, como para a maioria dos mortais, a questão é: o que posso fazer agora para ter uma aposentadoria digna? A partir daí ir à luta, quebrar a cabeça com soluções inteligentes e efetivas para que esta questão seja resolvida. Mas o principal é tomar consciência da necessidade e da relevância desse assunto.
Salvo raras exceções a maioria de nós dependerá de alguns cuidados dos parentes, como ter que nos acompanhar em algum exame, dormir em hospitais. Uma hora não seremos auto suficientes para resolver questões simples como fazer compras ou mesmo dirigir. Se ao menos tivermos uma aposentadoria satisfatória, o constrangimento será menor. Haja visto que iremos ter que pedir socorro vez ou outra, isso é fato. Se pelo menos esse socorro não for financeiro, ufa, que alívio para todos!
Salvo raras exceções a maioria de nós dependerá de alguns cuidados dos parentes, como ter que nos acompanhar em algum exame, dormir em hospitais. Uma hora não seremos auto suficientes para resolver questões simples como fazer compras ou mesmo dirigir. Se ao menos tivermos uma aposentadoria satisfatória, o constrangimento será menor. Haja visto que iremos ter que pedir socorro vez ou outra, isso é fato. Se pelo menos esse socorro não for financeiro, ufa, que alívio para todos!
Não pela questão do dinheiro em si, mas pela questão da autonomia, da auto estima, que o assunto envolve.
O segundo ponto que ninguém gosta de comentar é: quem ficará com os pais quando esses necessitarem de cuidados especiais?
É inacreditável como protelamos decisões tão sérias. As soluções são muitas, desde comprar um apartamento, ou casa, um do lado do outro, assim se preserva a individualidade de todos, estando bem próximos no caso de necessidade. Ou a contratação de uma pessoa capacitada para acompanhá-los no que for preciso. Ou ainda ficarem todos em uma mesma casa. O ideal varia de família pra família. Mas todas as soluções envolvem planejamento a longo prazo. É importante uma reunião, pais e filhos, decidindo em conjunto o que será melhor para aquela família, o que está de acordo com as suas possibilidades.
Sei que o problema não é tão simples, pois envolve afetos, preferências e aptidões individuais de cada familiar, mas é possível colocar o sentimentalismo de lado e pensar racionalmente na questão, afinal o objetivo é maior que todas as picuinhas.
Quantas famílias conhecemos que fazem isso?
É dolorido ver a situação em que muitos idosos se encontram, por uma simples questão de falta de organização.
Não vamos esperar mais que um 'jetinho' resolva problema tão sério, porque não vai resolver.