18 março 2008

Seios



Sou terra!
Por isso me orgulho da sinceridade dos meus seios.
Eles são terra!
São vivos e produzem alimento,
não apenas para o corpo,
mas para alma.
São terra! Terra de ninguém, pois terra não tem dono,
é de quem cuida, de quem a lavra com suas mãos gentis,
de quem semeia amor e doçura.
Não são rígidos, do contrário seriam pedras,
deixo isso para os ossos.
Seio é solo fofo, pronto para o plantio,
sempre à espera da semeadura.
Como a terra eles se alegram com
os pingos d´água que caem sobre si.
Dançam sutis, mas agradecidos.
Carregam a graça do que não é perfeito,
mas do que é pleno de vida!