28 abril 2011

Eu grito


Mas só eu ouço
É estranho,a voz não passa da garganta.
Em algum lugar se perde na imensidão de desejos,
sonhos, humores e rancores.

Persisto! Recebo-o de volta.
Afina, esse grito é meu, de ninguém mais.
Se tem festa, tem platéia.
Se tem dor, não.

Grito no vazio.
Voz que clama no deserto?
Sei bem o que é isso.